Dependentes químicos e portadores de transtornos psiquiátricos são os que invadem, ameaçam, causam pânico e prejuízos ao comércio e moradores
Redação - Fotos: Freepix
Após a grande repercussão da matéria “Comerciantes reclamam da invasão de ‘moradores de rua’ em Pirapora”, recentemente publicada pelo Pirapora News, os Presidentes da Associação Comercial e Industrial (ACIAPI) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Sabino Pereira Filho e Tiago Honorato Vieira, respectivamente, divulgaram conjuntamente uma NOTA À IMPRENSA E À POPULAÇÃO. As entidades manifestam, oficialmente, preocupação com a situação dos indivíduos “que tem, literalmente, aterrorizado a população”.
“Há que se diferenciar a situação de moradores de rua (que são apenas pedintes) e aqueles MORADORES DE RUA QUE APRESENTAM PERIGO POR CONTA DE EVIDENTES PROBLEMAS PSIQUIÁTRICOS - e são esses que estão causando tanto pânico e prejuízos à nossa cidade. Enfatizamos que, apesar da nossa discordância em relação à legislação vigente que trata do tema, nada podemos fazer para proteger o cidadão e as empresas. Somente lamentar e provocar quem de fato pode fazer algo: Prefeitura (Saúde, Ação Social e Guarda municipal), Ministério Público, Polícia Militar etc”, cita a nota.
A ACIAPI e a CDL reafirmam que “as reuniões com esses órgãos, infelizmente, não resultaram em nada prático e efetivo para resolução do problema” - bastante reclamado pela comunidade e pelos turistas. Os feirantes, quiosques e frequentadores da Praça dos Cariris e orla fluvial engrossam os pedidos de providências urgentes. “As únicas orientações (as quais reforçamos) é não efetuar NENHUMA DOAÇÃO aos pedintes e, em caso de violência ou prejuízo material, registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) para dar sustentação jurídica à ação policial”, frisa a nota.
Grupo multidisciplinar
Enquanto a opinião pública critica duramente a omissão do judiciário, do poder legislativo, o jogo-de-empurra entre as autoridades e órgãos públicos locais, as entidades empresariais propõe que ”seja criado um grupo multidisciplinar - com profissionais qualificados e autoridades com poder de ação - no sentido de coibir as práticas adotadas pelos indivíduos, em situação de rua, que vem colocando em risco a segurança e o patrimônio das empresas, dos moradores e visitantes, garantindo aos mesmos a assistência social disponível no munícipio”.
Cinco indivíduos
“Os moradores de rua possuem o direito de ir e vir, são revestidos de dignidade humana e carecem do nosso cuidado e amparo. Mas isso não significa que temos que ficar reféns daqueles que representam ameaça aos nossos patrimônios e empresas, aos moradores, consumidores e transeuntes”, reafirmam as entidades de classe.
A reportagem apurou que 5 indivíduos (com históricos de transtorno mental e dependência química) são os mais citados, por frequentemente colocar em risco a integridade física e moral, intimidar e praticar atos de importunação sexual, além de causar diversos transtornos à sociedade.