Heley de Abreu deu a vida para proteger seus alunos em ataque a creche no Norte de Minas e se tornou símbolo de coragem e dedicação à educação
Redação Pirapora News
Foto: Arquivo pessoalOito anos se passaram desde a tragédia que marcou o Brasil e emocionou o mundo. Em 5 de outubro de 2017, a cidade de Janaúba, no Norte de Minas Gerais, foi palco de um ataque que tirou a vida de 14 pessoas, entre elas 10 crianças, na Creche Gente Inocente. A tragédia, provocada por um vigilante que ateou fogo no prédio e em si mesmo, poderia ter sido ainda mais devastadora.
Foi naquele cenário de desespero que surgiu a coragem da professora Heley de Abreu Silva Batista, de 43 anos. Em meio às chamas, ela não hesitou em enfrentar o agressor e retirar crianças pelas janelas da instituição. Heley conseguiu salvar 25 alunos, mas sofreu queimaduras em 90% do corpo e não resistiu. Seu gesto de bravura a transformou em símbolo de amor e entrega à profissão.
Mãe de três filhos, Heley era reconhecida pela dedicação à educação e pelo carinho com os estudantes. Após sua morte, a creche passou a se chamar Centro Municipal de Educação Infantil Professora Heley de Abreu Silva Batista. Poucos dias depois, ela recebeu postumamente a Ordem Nacional do Mérito, uma das mais altas condecorações do país.
Hoje, oito anos após a tragédia, Janaúba mantém viva a memória daquela que se tornou exemplo de coragem para todo o Brasil. O nome de Heley segue ecoando não apenas nas homenagens oficiais, mas principalmente no coração das famílias que tiveram seus filhos salvos por sua atitude heroica.