Troca de casais, “ménage à trois”, exibicionismo e ‘voyeurismo’ movimentam o grupo que reúne dezenas de participantes
Redação - @piraporanews
O swing não envolve vínculo afetivo e tem como principal lema “não se apaixone”. “É uma prática não monogâmica consensual, sem envolvimento romântico, baseada em sexo com outros casais do grupo. Além da troca de casais, há também o ménage à trois (sexo a três), exibicionismo e em certas situações até bissexualismo”, explica uma participante.
Algumas regras são claras, como a obrigatoriedade dos membros serem casados e estarem com a saúde em dia. Organizado, o clube tem coordenadores e suas ‘prazerosas baladas liberais’ ocorrem periodicamente em sítios, fazendas, hotéis, pousadas rurais, motéis, viagens e durante eventos festivos, longe dos olhares curiosos, reações familiares, preconceitos e ‘julgamentos’ sociais.
O perfil dos participantes
Advogados, médicos, empresários, políticos, servidores públicos, industriários, policiais fazem parte do clube e definem o perfil dos participantes, com idades variando entre 26 e 55 anos. “Um casal pode continuar monogâmico, frequentando o clube de swing só para assistir os outros transando (voyeurismo). O casal sai para viver uma aventura, se satisfaz, volta para casa e segue sua vida normal”, detalha outra participante.
“A prática não salva casamento e nem evita traições, pelo contrário. Se a relação entre o casal não anda boa, o troca-troca pode afundar de vez. Mas em alguns casos ocorridos recentemente em Pirapora, o swing despertou sentimentos proibidos entre algumas pessoas do grupo, causou desentendimentos e até separações”, revelou um membro ativo.
O cuidado típico de uma ‘associação quase secreta’ é outra regra, impedindo “vazamentos” de vídeos na internet. As comunicações internas ocorrem por telefone e grupo de whatsapp. O clube regional do swing só paralisou seus encontros durante a pandemia. Após a retomada das “atividades”, o grupo cresceu e agora se prepara para comemorar 7 anos de existência no mês de novembro.
* Anonimato garantido: Todos os entrevistados pela reportagem preferiram não ser identificados