Redação Pirapora News
Foto: DivulgaçãoFaleceu nesta sexta-feira, 25, em Brasília o músico e violonista Félix Junior, reconhecido por sua trajetória marcante no choro e na música instrumental brasileira. As causas da morte ainda não foram oficialmente confirmadas.
Nascido em São Paulo e criado desde os três anos em Pirapora (MG), Félix Junior teve contato com a música desde a infância, influenciado por uma família de músicos amadores. Iniciou os estudos de violão aos nove anos, com o pai, o professor Félix. Cursou música no Conservatório Lorenzo Fernandes, em Montes Claros, e mais tarde aprofundou-se em violão clássico e cavaquinho com mestres como Francisco Araújo e Inácio Oliveira.
Aos 14 anos, foi premiado no Festival Nacional do Choro em Osasco (SP). Em 2001, representou o Brasil no Festival Internacional de Música em Santiago de Cuba. Atuou com artistas como Monarco, Mart’nália, Nei Lopes, Armandinho Macedo, Jorge Cardoso e participou de festivais no Brasil e no exterior.
Com uma discografia extensa, lançou álbuns como Choro Candango (2004), Pegando Fogo (2011, 2015), Lamento Mineiro (2019), Pro Menesca (2020, 2021), Chão de Minas (2022), e Sons e Canções (2024). Seu trabalho atravessou fronteiras, levando o choro a palcos em Portugal, Angola, Colômbia, Espanha e Estados Unidos.
Foi também educador, com passagem por instituições como a Escola de Choro Rafael Rabello, o CIVEBRA e a Oficina de Música de Curitiba. Em Brasília, teve atuação destacada no Clube do Choro, ao lado de nomes como Yamandu Costa, Altamiro Carrilho, Dominguinhos e Os Cariocas.
Félix Junior deixa um legado relevante para a música brasileira, marcado por excelência técnica, sensibilidade artística e um profundo respeito à tradição do choro.