Tecnologia exigirá conversor estimado em R$ 400; governo avalia distribuição gratuita para famÃlias de baixa renda
Redação Pirapora News
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O governo federal se prepara para editar um decreto que implementará no Brasil o novo padrão de transmissão conhecido como TV 3.0. A medida, que visa modernizar a experiência da TV aberta, exigirá a aquisição de um conversor compatÃvel, cujo preço estimado gira em torno de R$ 400. Mesmo televisores smart adquiridos recentemente poderão se tornar incompatÃveis com o novo sistema.
O conversor, ainda em fase de testes, será necessário para acessar os recursos da TV 3.0, uma vez que o mercado ainda não oferece aparelhos com a tecnologia embarcada. Embora o sinal atual continue disponÃvel por até dez anos, quem optar por não migrar ficará sem acesso à s funcionalidades avançadas.
Interatividade e publicidade personalizada
Com a nova tecnologia, a TV aberta passará a operar de forma integrada à internet. O acesso aos canais se dará por meio de aplicativos, e não apenas via controle remoto tradicional. Isso permitirá a oferta de conteúdo sob demanda, como séries, eventos esportivos e programas adicionais, além da programação ao vivo.
Um dos principais diferenciais será a interatividade: telespectadores poderão, por exemplo, adquirir produtos exibidos em novelas com apenas um clique. Para isso, será necessário fazer login, o que possibilitará à s emissoras direcionar publicidade conforme o perfil de cada usuário — prática já comum em redes sociais.
Indústria pressiona por financiamento
Para viabilizar a produção em larga escala de conversores e televisores compatÃveis com o novo padrão, a indústria tem pressionado o governo por linhas de financiamento especÃficas. Além disso, o Ministério das Comunicações estuda distribuir adaptadores gratuitamente a famÃlias inscritas no Cadastro Único, como forma de garantir inclusão digital.
O decreto foi encaminhado à Casa Civil em dezembro de 2024 e a expectativa é que seja oficialmente publicado no segundo semestre de 2025. O padrão sugerido é o norte-americano, e sua adoção definitiva depende da sanção governamental. A indústria aguarda a definição para iniciar a fabricação dos equipamentos.