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Cerrado: Aberta a temporada da "Cabeça de Nego" - Você conhece essa fruta ?

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

/ by UPira

Por Max Rocha

Fotos: Roni Alencastro 

 “Cabeça de nego” (ou negro), araticum, pinha do cerrado mamão bruto ou marolo. Quem vive nas regiões do cerrado ou já passou pelo bioma tropical, certamente conhece esse fruto de aspecto rústico, aroma e suculência tão marcantes quanto o famoso pequi. O sabor adocicado e a leve acidez são seus diferenciais.

A Annona crassiflora, planta cerradeira é comum em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A árvore chega atingir até 8 metros de altura e a polpa do seu fruto pode ter cores branca, amarela ou rosada. A origem indígena do nome “Marolo” vem do tupi e significa “fruta mole”.


‘Desbravando’ o cerradão de Buritizeiro, na área entre os Córregos Doce e Formoso, o Repórter Roni Alencastro se aventurou na coleta da ‘cabeça de nego’. Ao divulgar as particularidades do fruto nas redes sociais, ele atraiu a atenção dos internautas, principalmente das novas gerações.

A florada do marolo começa no mês de novembro e o auge da produção, no verão, vai da 2ª quinzena de janeiro até a 1ª quinzena de abril. De fácil manejo, é consumida ‘in natura’ e sua popa transformada em ingrediente no preparo de várias receitas: sucos, sorvetes, bolos, rocamboles, biscoitos etc. ‘Cabeça de nego’ é uma antiga referência popular a cor e ao formato arredondado da fruta, lembrando o tipo negroide.

Valor nutricional

“Os chamados ‘maroleiros’ colhem o fruto para ser comercializado “in natura” nas comunidades rurais, mercadinhos, feiras livres e às margens das estradas. A popa ainda é congelada para ser consumida o ano inteiro. A iguaria gera renda e desponta como opção alimentar para os norte-mineiros”, explicou Roni.


Nutricionistas e pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Católica de Goiás (UCG) apontam que a cabeça de negro é fonte de potássio, magnésio, ferro, cálcio e fibras - que ajudam no funcionamento do intestino e na prevenção de câimbras. Seus antioxidantes evitam doenças degenerativas. 


ALERTA: O avanço da devastação ambiental, nos últimos 30 anos, colocou sob risco os araticunzeiros em Pirapora, Buritizeiro, Várzea da Palma e todo o Norte de Minas. Ecologistas e comunidades tradicionais falam em criar um movimento em prol da preservação da árvore e do fruto:  “S.O.S. Cabeças de nego”.



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