O restauro da embarcação começa nas próximas semanas ao custo total de R$ 5,8 milhões
Redação Pirapora News
Em breve, os moradores e turistas poderão voltar a navegar a bordo do icónico Vapor Benjamim Guimarães, barco centenário tombado pelo IEPHA como patrimônio cultural de Minas Gerais. Após 10 anos parado, nas próximas semanas sua reforma será assumida e retomada pela Eletrobras.
“Era para as reformas terem começado há 30 dias, a equipe do restauro já está na cidade. Foi a própria Eletrobras e o Ministério de Minas e Energia que aconselharam a Prefeitura a fazer um edital e contratar uma consultoria para fiscalizar a verba. As negociações envolveram o Governo de Minas, IEPHA, IPHAN e Ministério Público estadual e a previsão que ele volte a navegar em 4 meses”, comemora Adélio Brasil, Diretor de patrimônio histórico e cultural de Pirapora.
Depois de vários acordos, definições, renegociações e descumprimentos de prazo, segundo a Prefeitura de Pirapora, proprietária da embarcação, a previsão é de que em janeiro de 2025 o barco seja finalmente entregue à população, garantindo a recuperação e preservação do Benjamim Guimarães também como o maior atrativo turístico do Rio São Francisco na região Norte de Minas.
A embarcação foi tombada como patrimônio histórico em 1985. Desde 2013, o processo de restauração se arrastava sem definições. O IEPHA já havia informado, em nota, que “já entregou o projeto completo de restauração, flutuabilidade e navegabilidade do Vapor. E sua execução se encontra a cargo da prefeitura.
Ministério de Minas e energia
Inicialmente, os recursos para concluir a recuperação do Vapor seriam custeados pelo próprio município, contando com o financiamento do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Agora, graças ao acordo firmado com o Ministério de Minas e Energia, a Eletrobras assume empreitada.
A Prefeitura informou ainda que o custo total (reforma mais a fiscalização da obra) ficarão em torno de R$ 5,8 milhões. A previsão inicial é que até janeiro do próximo ano o serviço esteja concluído e a embarcação liberada para voltar a navegar no "Velho Chico".
O Benjamim Guimarães não é apenas uma embarcação; é um patrimônio cultural. Fascinante, ele representa a luta e a resiliência de um povo. Seu legado continua a inspirar novas gerações, despertando curiosidade sobre a história da navegação fluvial e o papel que esses vapores desempenharam na formação do Brasil moderno, destaca o Jornal Estado de Minas.
Vapor norte-americano
Construída pelos armadores James Rees Sons & Co. em 1913, a embarcação chegou ao Brasil para servir à Amazon River Plate Company, no Rio Amazonas. Pelos trilhos da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB) chegou desmontado a Pirapora, no fim da década de 1920. onde eecebeu o nome do pai do dono da empresa, Júlio Mourão Guimarães. Foi largamente usado no transporte de passageiros (1ª e 2ª classes), além de puxar lanchas a reboque com lenha, gado e outros tipos de carga.