Megaoperação em Minas e Bahia mira facção ligada ao Comando Vermelho

Ação da Polícia Civil de Minas Gerais, batizada de Duplo Eixo, mobilizou mais de 130 agentes e cumpriu mandados em sete cidades para desarticular rede de tráfico e crimes violentos.

Redação Pirapora News

Foto: Polícia Civil de Minas Gerais

Uma grande operação policial foi deflagrada nesta quinta-feira (30) em Minas Gerais e na Bahia contra uma organização criminosa associada ao Comando Vermelho. Batizada de Duplo Eixo, a ação teve como foco o combate ao tráfico de drogas e a crimes violentos, resultado de mais de um ano de investigações conduzidas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

Segundo as autoridades, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, dois de internação provisória e 32 de busca e apreensão. As ordens judiciais se estenderam por cidades mineiras como Divisa Alegre, Águas Vermelhas, Cachoeira de Pajeú, Pedra Azul e João Pinheiro, além de Cândido Sales e Vitória da Conquista, na Bahia.

A ofensiva contou com o apoio das Polícias Militar e Civil da Bahia e da Polícia Militar de Minas Gerais. Ao todo, 130 policiais participaram da operação, incluindo equipes das coordenações de Recursos Especiais (CORE), Operações com Cães (COC) e Aerotática (CAT) da Coordenadoria de Operações Estratégicas da PCMG.

De acordo com a corporação, as investigações revelaram uma estrutura criminosa regionalizada, com forte atuação nos municípios do norte mineiro e do interior baiano. O grupo teria origem na Bahia e manteria vínculos diretos com o Comando Vermelho, facção de atuação nacional.

“O nome Duplo Eixo faz referência à atuação da quadrilha, que mantinha duas bases principais, uma em Minas e outra na Bahia. O objetivo da operação foi justamente romper essa estrutura e frear as ações criminosas do grupo”, informou a PCMG em nota oficial.

A operação ocorre um dia após uma megaofensiva policial contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Na ação fluminense, o governo do estado confirmou 121 mortos, sendo quatro policiais e 117 suspeitos.

As investigações seguem em andamento. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que novas prisões não estão descartadas.